Mais do que todos os cuidados do Governo, estranha-se, porém, que os próprios meios de comunicação social portugueses tenham mostrado ao longo dos anos uma atitude tão displicente e desinteressada em relação a Olivença, encarando-a meramente como uma causa remota e perdida de um pequeno grupo de lunáticos. Como se o país mediático tivesse interiorizado, tanto ou mais do que os sucessivos governos, que este é um assunto perigoso. Um tabu que precisa de ser mantido a todo o custo e de que nem sequer se deve falar em voz muito alta. Como se a própria consciência colectiva estivesse condicionada pelo medo de reacções intempestivas do poderoso vizinho espanhol. O que seria grave num país que deve ter opinião própria e esclarecida, mesmo se incómoda para os seus amigos e vizinhos
Sobre a eterna questão de Olivença, ocupada pelos Espanhois em 1801
Diário Digital
/ 20031002