Em quem pensar, agora, senão em ti? Tu, que/ me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a/ manhã da minha noite. É verdade que te podia/ dizer: «Como é mais fácil deixar que as coisas/ não mudem, ...
Lembro-me agora que tenho de marcar um/ encontro contigo, num sítio em que ambos/ nos possamos falar, de facto, sem que nenhuma/ das ocorrências da vida venha/ interferir no que temos para nos dizer....
Aproximei-me de ti; e tu, pegando-me na mão,/ puxaste-me para os teus olhos/ transparentes como o fundo do mar para os afogados. Depois, na rua,/ ainda apanhámos o crepúsculo./ As luzes acendiam-se n...
Quem esquece o amor, e o dissipa, saberá/ que sentimento corrompe, ou apenas se o coração/ se encontra no vazio da memória? O vento/ não percorre a tarde com o seu canto alucinado,/ que só os loucos ...
Trabalho o poema sobre uma hipótese: o amor/ que se despeja no copo da vida, até meio, como se/ o pudéssemos beber de um trago. No fundo,/ como o vinho turvo, deixa um gosto amargo na/ boca. Pergunto...
A vida, as suas perdas e os seus ganhos, a sua/ mais que perfeita imprecisão, os dias que contam/ quando não se espera, o atraso na preocupação/ dos teus olhos, e as nuvens que caíram/ mais depressa,...
No fundo, as relações entre mim e ti/ cabem na palma da mão:/ onde o teu corpo se esconde e/ de onde,/ quando sopro por entre os dedos,/ foge como fumo/ um pequeno pássaro,/ ou um simples segredo/ qu...
O céu, as linhas de luz na água,/ caminhos diferentes para o coração./ A queda de sons diversos na atenta coincidência/ dos ouvidos. A relação de uma límpida tarde/ com um movimento de ombros junto d...
Quero-te, como se fosses/ a presa indiferente, a mais obscura/ das amantes. Quero o teu rosto/ de brancos cansaços, as tuas mãos/ que hesitam, cada uma das palavras/ que sem querer me deste. Quero/ q...
De onde vem - a voz que/ nos rasgou por dentro, que/ trouxe consigo a chuva negra/ do outono, que fugiu por/ entre névoas e campos/ devorados pela erva?/ / Esteve aqui — aqui dentro/ de nós, como se ...
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