Opinião
Elizabeth descreve, autobiográficamente, a história da sua depresão. Entre tentativas de suicidio, drogas e sexo, encontra-se todo o sentimento e pensamento depressivo que se complementa, mas acima de tudo, sobrepõe o desenrolar da acção. Traz até nós a consciência de uma experiência, que mesmo não tendo vivido, chegamos, não através de moralidade, mas da verdade experimental de um facto cada vez mais comum: a depressão.
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(Pelo Editor): Uma obra autobiográfica sobre a depressão que é já um bestseller internacional, é o que nos propõe Elizabeth Wurtzel. Aos dez anos é uma menina brilhante, aos doze automutila-se e tenta o suicídio com uma dose de comprimidos, diagnosticando-se o início da sua doença: uma longa e tortuosa depressão. Sob a forma de um diário quase niilista, Wurtzel descreve o caminho penoso que acompanha este estado físico e psicológico da doença. Uma autêntica jornada de desespero que a autora atravessa e que com coragem partilha com todos os que vivenciam tão difíceis sintomas. Apatia, desinteresse, ausência de sentimentos e emoções são evidenciados como sinal revelador de uma situação marcada por reacções impotentes.