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" A história de um homem que realmente existiu,embora nínguem soubesse quem era,
é também a história do homem
perante o mundo que o rodeia.
Gaspar é posto em confronto
com um modelo de sociedade e com um modo de vida
-ao tenatr assimilá-los é por ele assimilado.
Assim,Gaspar,que devia ser sujeito da história
é objecto social
que os outros homens (educadores,autoridades)
manipulam de acordo com os seus interesses de classe.
Prodigioso exercício verbal,
espantoso documento dum teatro em deconstrução,
"Gaspar" de Peter Handke,
é na sua aparente secura,na sua aparente indiferença,
na sua aparente neutralidade
-um grito de horror
que não pode esquecer-se."

    -Carlos Porto

-Colecção Teatro Vivo
com notas críticas de Carlos Porto e Urbano Tavares Rodrigues