Conheço muita gente indignada com a iniquidade que é haver gente a arrastar-se, anos e anos a fio, por um curso que talvez um dia conclua, à custa, não de talento ou esforço, mas de simples inércia. Quanto paga o PaÃs por um curso destes? E, na maioria dos casos, para que é que ele serve? Para nada, a menos que seja para justificar um corpo docente dimensionado em termos tais que boa parte das verbas para as universidades, à partida, está consignada a despesas com pessoal. Depois, faltam bibliotecas, faltam laboratórios, faltam salas, falta tudo. O que mais há são motivos de queixa para os estudantes, os quais, no entanto, insistem em defender exactamente o imobilismo que está na origem de boa parte daquelas. O papel que desempenham é, por isso, conservador, senão mesmo retrógrado
Diário de NotÃcias
/ 20030927