Leonel Moura

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33 Citações

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Antipoder por argumento é a rampa de lançamento ideal para aqueles que mais do que tudo estão ávidos de poder.

Jornal de Negócios / 20070711
É cada vez mais frequente vermos a democracia ser invadida por políticos que se afirmam pela crítica que fazem da própria política. Há quem vá angariando alguma audiência com os discursos contra os partidos, tanto mais fácil quanto as televisões e os media em geral apontam de preferência para quem diz mal do que para quem faz bem.

Jornal de Negócios / 20070711
A evolução do humano não é obra exclusiva da natureza. Com a cultura e a capacidade de transmitir conhecimentos de geração em geração o humano é também um produto evolutivo de si próprio.

Jornal de Negócios / 20070530
O jornalismo moderno sempre contemplou as historietas ligeiras. Já a mãe de Marcel Proust afirmava que os jornais só tinham frivolidades e recusava-se terminantemente a lê-los. A par do registo fidedigno do sucedido, os jornais frequentemente deram espaço a relatos mais ou menos mundanos ou pelo menos mais próximos do entretenimento do que da informação. (...) Ou seja um tipo de informação onde esta é residual e o que importa verdadeiramente é a construção da própria narrativa.

Jornal de Negócios / 20070509
Os jornais deste nosso tempo e ainda mais os novos media, e em particular televisão, já não dão notícias. Contam histórias. Em todos os campos e de todas as maneiras, e sobretudo naqueles domínios que ainda se chamam informação. (...) O ingrediente maior do jornalismo narrativo é aliás a não-notícia. Tal como nos romances policiais faz-se de um acumular de pistas falsas, suspeições, insinuações, mas nunca de algo realmente concreto. E todos nós o constatamos diariamente nas televisões com os directos que nada adiantam ao já dito, as entrevistas sem assunto, as análises que divagam sobre coisa nenhuma.

Jornal de Negócios / 20070509
Ao mesmo tempo que vivemos numa era de grandes avanços científicos e de extraordinária capacidade de realização humana, é evidente que o adulto não é mais o centro e destino da condição humana, mas antes o adolescente e o infantil. Basta pensar como a maioria dos produtos, carros, telemóveis, aspiradores, são cada vez mais abonecados, mais apropriados para um jardim infantil. Como o design tem evoluído na direcção do brinquedo, com as suas formas divertidas e coloridas. E como a própria comunicação empresarial e publicidade assenta cada vez no ingénuo e no simplório, usando e abusando da graçola e da piada, em particular na de mau gosto. E isto tanto para vender um chocolate, um telemóvel ou um carro topo de gama.

Jornal de Negócios / 20070509
Muitos políticos acreditam que se muda a realidade com discursos. Imaginam que a solenidade dos contextos dá uma força às palavras suficientemente forte para motivar as pessoas. Ora acontece que nunca são as palavras que motivam as pessoas, mas sim as ideias e propostas nelas contidas. E por muita palavra que se profira se não existir um conteúdo excitante é o sono e não o estímulo que se deve esperar.

Jornal de Negócios / 20070111
A discursite é um resquício de uma concepção política, parlamentarista e burguesa, que entrou em crise com o advento da democracia mediática. Hoje não são os discursos que movem as sociedades mas as imagens, as ideias e, acima de tudo e como sempre, os actos concretos.

Jornal de Negócios / 20070110
As verdades resumem-se muitas vezes a ornamentos retóricos de sentimentos. As verdades confortam e nada resolvem. A uma verdade juntam-se sempre outras verdades e nenhuma delas é a mais verdadeira.

Jornal de Negócios / 20061110
A oposição deve ser antes de tudo uma proposição.

Jornal de Negócios / 20060524
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