O nosso (portugueses) principal mal não é a desesperança, mas a gabarolice. Não é a depressão, mas o autocontentamento com a mesquinhez e a asneira. Não é a crítica, mas a deserção. Não é a tecelagem de lendas negras, mas a impressão de histórias cor-de-rosa. Não é a falta de mesuras e sorrisos, mas a ausência de rigor, de planeamento, de coragem criadora, de capacidade de ruptura e avanço.
Jornal de Notícias / 20040521