A arte, experiência lúdica, tem um estatuto muito particular: procura a sua cidadania em zonas fugidias de aplicação social. É uma realidade com regras próprias. Aí se tenta viver e sobreviver, criando. Não a incomoda o sacrifício pessoal, tem o alvoroço da descoberta e da partilha. Uma vida sem arte, a que se faz ou a que se consome, é muito pouco.
Jornal de Notícias / 20040912