O que nos perturba na leitura dos clássicos não é tanto o facto de os antigos serem capazes de identificar de uma forma essencial algo que é verdadeiro e terrível, mas que nós, mais de 2000 anos depois, continuemos a errar nos nossos caminhos sem termos assimilado a lição daqueles (ou depois de a termos assimilado demasiado bem). A modernidade dos clássicos é devida ao facto de eles serem tragicamente obsoletos
Diário de Notícias
/ 20040718