Os portugueses deixaram de olhar para fora. Só contemplam o umbigo. Na ditadura, sonhavam com o império ou melhores dias. Depois, na era da liberdade, Portugal empolgou-se de valores abstractos. Na época do desenvolvimento assustou-se com as ameaças europeias. Até na era da facilidade se embebedou com benefícios do progresso. Agora deixou de ter impérios, ambições, desafios ou sequer desejos. Está mergulhado na intriga, palermice, acanhamento.
Diário de Notícias
/ 20091012