Qualquer espaço ou objecto que perde a sua funcionalidade ganha uma dimensão estética que anteriormente não possuía e que tem a ver com a incorporação de um tempo desaparecido.
Procurar ver o modo como as coisas se misturam é uma aventura apaixonante. As coisas acontecem segundo uma cadência que nunca forma o fio de um destino, mas surge como a fluência da própria vida.
As pessoas dizem-se católicas e contudo trata-se de um catolicismo formal, reduzido a sinais e convenções que não significam uma vivência autêntica. E as religiões correspondem a uma combinatória de hipóteses propostas por um catálogo de experiências lúdicas do sagrado. O dia-a dia de cada um de nós tem afinal muito pouco de religioso.
Há um gosto masoquista que atravessa a sociedade portuguesa e que muitas vezes é feito de pura ignorância. Considera-se que uma coisa não existe apenas porque se ignora que essa coisa existe. E vai daí temos uma rábula de indignação: parece impossível o estado a que isto chegou, somos sempre os mesmos, ora vejam só isto. Não significa que, por vezes, se não tenha razão. Mas noutras é um tique.
Uma crónica tem destas coisas. Procura uma certa comunicabilidade simplificadora, para estabelecer mais depressa a cumplicidade com o leitor, e com isso muitas vezes reforça os preconceitos desse leitor.
O teatro é uma dimensão da poesia, isto é, a mais alta tentativa de conseguir que cada um de nós se envolva na verdade que não existe, e que é a razão de ser daquilo que dá sentido à existência e a essa coisa (...) que é o tempo.
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