É preferível encarar a política como o domínio do realizável. Esta proposta, que muitos leitores se hão-de apressar a rotular de conservadora ou conformista, é realmente inovadora. A mais inovadora, aliás, num país que deixou banalizar a corrupção e o laxismo, e alastrar o provincianismo cultural. Não se trata de retirar o sonho do domínio da política; trata-se, antes, de subtrair a política ao exclusivo domínio do sonho e da moral - e de a ligar ao mundo das pessoas.
Jornal de Notícias
/ 20060119