O mundo actual semelha-se ao mito de Sísifo. Anda de baixo para cima e de cima para baixo, infinitamente sem encontrar o recto caminho, e carregado pelo peso de um rochedo que, mais tarde ou mais cedo, irá rolar pela encosta. Há muitos anos que não dispomos de dirigentes à altura das mudanças do mundo. Guiam-se, todos, à Direita e à Esquerda, pela mesma cartilha. Removeram a ideologia e as convicções do calendário político. Ao contrário de Sísifo, que recusa, obstinadamente, a derrota, eles submeteram-se às consequências desta união no vazio.
Jornal de Negócios
/ 20080912