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Actualidades: Portugal

15 Citações

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César das Neves , João

Os portugueses deixaram de olhar para fora. Só contemplam o umbigo. Na ditadura, sonhavam com o império ou melhores dias. Depois, na era da liberdade, Portugal empolgou-se de valores abstractos. Na época do desenvolvimento assustou-se com as ameaças europeias. Até na era da facilidade se embebedou com benefícios do progresso. Agora deixou de ter impérios, ambições, desafios ou sequer desejos. Está mergulhado na intriga, palermice, acanhamento.

Diário de Notícias / 20091012

Pedrosa , Inês

O português gosta de enganar pela calada aqueles que mandam nele. Mandar é um verbo antigo, vasto, totalitário e infantil, que em princípio na idade adulta devia ser substituído por verbos de maior eficiência e capacidade democrática, como coordenar ou gerir. Verbos que cheiram a trabalho e responsabilidade - e o português tem o olfacto muito apurado. Assim, prefere a clareza do mando, ao qual faz vénias mansas, com os dedos cruzados atrás das costas.

Expresso / 20090620

Júdice , José Miguel

Em Portugal, a excelência é algo que ninguém assume sem vergonha ou receio.

Público / 20090116

Aguiar , João

A grande virtude espiritual dos portugueses é ir para a cama com qualquer pessoa.

Tabu (Sol) / 20090110

Dâmaso , Eduardo

São cada vez mais raros os homens que marcam uma época pela coragem e integridade. Coragem e integridade, aliás, não são valores muito em voga nos tempos que correm.

Correio da Manhã / 20081213

Filomena Mónica , Maria

O problema de Portugal é que é fácil ser bom, há poucas pessoas com quem concorrer e o sol amolece.

Tabu (Sol) / 20081101

António Saraiva , José

Em Portugal, as leis estão sempre a mudar porque não se cumprem. Como há uma sensação geral de ineficácia, existe a necessidade de estar constantemente a mudar tudo.

Sol / 20081011
A política, tal como é exercida em Portugal, abandonou a ideia de espírito de missão, e tornou-se num generosíssimo meio de se governar a vidinha.

Jornal de Negócios / 20080912
O mundo actual semelha-se ao mito de Sísifo. Anda de baixo para cima e de cima para baixo, infinitamente sem encontrar o recto caminho, e carregado pelo peso de um rochedo que, mais tarde ou mais cedo, irá rolar pela encosta. Há muitos anos que não dispomos de dirigentes à altura das mudanças do mundo. Guiam-se, todos, à Direita e à Esquerda, pela mesma cartilha. Removeram a ideologia e as convicções do calendário político. Ao contrário de Sísifo, que recusa, obstinadamente, a derrota, eles submeteram-se às consequências desta união no vazio.

Jornal de Negócios / 20080912
Não há pensamento político português, se assim me posso exprimir. A prática política está inteiramente subordinada à economia, e os grandes interesses desenvolveram, potencialmente, uma espécie particular de niilismo cujos resultados, já de si inquietantes, serão, inevitavelmente, e a curto prazo, fatais.

Jornal de Negócios / 20080912
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