Não é saudável criar ambientes em que o paradigma é o atletismo quando se trata de pensamento. Quando isto acontece surge uma confrangedora figura, de má fé e muito uso, o salto lógico. No pensamento, saltar mais alto, mais longe ou mais depressa não é em geral de bom augúrio. E quando o pensamento se traveste de atleta aparece uma outra figura que mais não é que a sua perversão. É a propaganda. Sempre que alguém dá um salto lógico está a promover alguma coisa, nem que seja a sua pessoa ou as suas insuficiências.
Jornal de Negócios
/ 20060524