Conversar, escutar, dialogar, debater, por vezes com furor e impaciência, é solução muito mais eficaz do que alimentar uma inconsiderada teimosia, de consequências imprevisíveis.
Se assumirmos não ter responsabilidades nos processos de relação com o outro, ninguém se responsabilizará pela nossa causa quando as coisas nos correrem mal. E essas dificuldades na forma como nos relacionamos com as pessoas mais próximas reflectem-se à escala da sociedade e do mundo.
Ter a consciência de quem somos e do que sentimos ajuda a pormo-nos na pele do outro e a tentar sentir o que ele sente e a perceber que a todos nos toca, afinal, viver num mundo cheio de desilusões e ressentimentos. Um comportamento mais ético em relação aos outros reverterá também a nosso favor.
As relações que correm bem são aquelas em que mesmo em momentos de crise mantêm a possibilidade do encontro com o outro. Isso é o sentido profundo de intimidade. Então, em vez de diminuir, o nosso campo de relação aumenta. E isso é o que distingue as relações interessantes das que não são.
Mesmo a comunicação mais aperfeiçoada esbarra na inevitável e necessária zona de opacidade que todos temos. E que é essencial porque integra as diferenças e protege a nossa identidade.
É precisamente através de tudo o que - de agradável ou de desagradável - os relacionamentos nos proporcionam, que vamos podendo descobrir todos os recursos que nós próprios temos.
Há pessoas que, só por cruzarem o nosso caminho na altura certa, fazem com que tudo fique mais certo em nós e à nossa volta. Mesmo quando não somos especialmente amigos ou quando nem sequer nos voltamos a ver.
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