A gente vai envelhecendo e a postura vai-se alterando, fica mais amolecida, o que é normal. Mas procura-se manter uma certa coerência, e não é só uma luta da resistência pela resistência, eu estou convencido, e é isso que eu tenho defendido, que é no contra-poder que está a criatividade e não numa institucionalização da estrutura, em que as pessoas que entram vão perdendo capacidades, queiram ou não, porque são hábitos que se criam e, principalmente, perdem a capacidade de criar. Mudar o estado das coisas passa, na minha opinião, por uma postura política de contra-poder
DNa (DN)
/ 20030920