Muitas vezes, a única forma de concordarmos não é sequer concordarmos em discordarmos. É, sim, concordarmos em certas palavras atribuindo-lhes significados diferentes as mesmas palavras, duas linguagens. Isto não evita o conflito, mas pacifica-o e racionaliza-o. Deixa de ser um conflito entre valores diferentes a dirimir através de uma relação de forças para passar a ser um conflito de interpretação a resolver através de mecanismos de decisão racionais aceites por todos.
Diário de Notícias
/ 20050727