Errar é humano mas nada português. Num país onde a responsabilização é quase inexistente errar é constantemente dramatizado. (...) A nossa rejeição brutal do erro é, provavelmente, consequência de não penalizarmos mais nada. (...) A dramatização do erro provoca inércia, falta de sentido crítico e aversão ao risco. Não decidir é a posição inteligente em Portugal. Quem decide corre o risco de errar e isso é profundamente penalizado. Já não agira é visto como um acto de cautela. Quem decide é irreflectido, quem nada faz é ponderado
Diário de Notícias
/ 20030910