Existe uma alegria que não é o contrário da tristeza, mas que, estando para lá da sensação de satisfação ou de desânimo, se assemelha a um fogo capaz de nos aquecer também por entre as cinzas. Ou uma luz cujo brilho não se extingue também no meio da escuridão. (...) A verdadeira alegria nada tem a ver com a exaltação dos sentidos. Alimentada por uma fé profunda, é a força de expansão que brota de uma fonte no interior de nós mesmos.

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A verdadeira alegria, aquela que se mantém sempre, não nasce da satisfação de todos os nossos desejos, mas do prazer que conseguimos encontrar naquilo que nos é dado viver

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A alegria tem uma vergonha que é só dela e é malcriado proclamá-la. Ou, pelo menos, cria a impressão de dar azar. Parece existir, no contrato existencial, uma obrigação para com a tristeza que não destoe do mau estado do mundo e do sofrimento humano

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