Ãlvaro de Campos
(Heterónimo de Fernando Pessoa)
Portugal
n. 15 Out 1890
n. 15 Out 1890
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Ter razão é não saber quais são as emoções que se têm.
Como um deus, não arrumei nem a verdade nem a vida.
Sossega, porque nada há que esperar,
E por isso nada que desesperar também...
E por isso nada que desesperar também...
Perdi a esperança como uma carteira vazia...
Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
Fingir é descobrir-se.
O homem que galgou o muro, tinha um muro que galgar.
Estar é ser.
Ah, seja como for, seja para onde for, partir!
A nossa realidade é o que não conseguimos nunca.
