Habituar-se à felicidade seria um perigo. FicarÃamos mais egoÃstas, porque as pessoas felizes o são, menos sensÃveis à dor humana, não sentirÃamos a necessidade de procurar ajudar os que precisam – tudo por termos na graça a compensação e o resumo da vida.
Essa tendência actual de elogiar as pessoas dizendo que são «muito humanas» está-me cansando. Em geral esse «humano» está querendo dizer «bonzinho», «afável», senão meloso.
Não gosto de dar entrevistas: as perguntas me constrangem, custo a responder, e, ainda por cima, sei que o entrevistador vai deformar fatalmente minhas palavras.