Franz Kafka

Austria
3 Jul 1883 // 3 Jun 1924
Escritor

Publicidade

181 Citações

<< >>

Os pais que esperam a gratidão dos filhos (há até os que a exigem) são usurários que alegremente arriscam o capital apenas se receberem juros.

Diário (12 Nov 1914)
O caminho verdadeiro passa por uma corda que não está estendida no alto, mas sim sobre o chão. Parece disposta mais para fazer tropeçar do que para que cada um siga o seu rumo.

Os Aforismos de Zurau (1)
Então abre-te. Deixa sair o ser humano. Respira o ar e o silêncio.

Diário (13 Jul 1916)
Publicidade
Foi-lhes apresentada a opção de se tornarem reis ou mensageiros dos reis. À maneira das crianças, todos quiseram ser mensageiros. É por isso que existe um bando de mensageiros que correm pelo mundo e, uma vez que não há mais reis, bradam uns para os outros mensagens que perderam o sentido. Gostariam de pôr um fim à sua vida miserável, mas não ousam fazê-lo por causa do juramento de ofício.

Os Aforismos de Zurau (47)
Uma gaiola saiu à procura de um pássaro.

Os Aforismos de Zurau (16)
Os esconderijos são inumeráveis, a salvação apenas uma, mas as possibilidades de salvação, por sua vez, são tantas quanto os esconderijos. Existe um objectivo, mas nenhum caminho; o que chamamos de caminho é hesitação.

Os Aforismos de Zurau (26)
Publicidade

Duas tarefas do início da vida: limitar o teu círculo cada vez mais e verificar continuamente se não estás escondido em algum lugar fora do teu círculo.

Os Aforismos de Zurau (94)
O homem não consegue viver sem uma confiança duradoura em algo indestrutível nele mesmo, muito embora tanto o indestrutível como a confiança possam permanecer-lhe ocultos de maneira contínua. Uma das possibilidades dessa ocultação permanente é a crença em um Deus pessoal.

Os Aforismos de Zurau (50)
Tudo é fantasia, a família, o escritório, os amigos, a rua, tudo fantasia, mais longe ou mais perto, a mulher; mas a verdade que está mais perto é só esta, é bater com a cabeça na parede de uma cela sem janelas e sem portas.

Diário (21 Out 1921)
Quem quer que não consiga dar-se bem com a sua própria vida, enquanto vive, precisa de uma mão para afastar um pouco o desespero sobre o seu destinho – não consegue muito -, mas com a outra mão ele pode anotar o que vê entre as ruínas, porque vê coisas diferentes (e mais coisas) do que vêem os outros; afinal, morto como está durante a sua própria vida, ele é o verdadeiro sobrevivente. Isto faz que ele não precise das duas mãos, ou de mais mãos do que as que tem, na sua luta contra o desespero.

Diário (19 Out 1921)
<< >>
 
Publicidade

Publicidade

© Copyright 2003-2025 Citador - Todos os direitos reservados | SOBRE O SITE