Franz Kafka

Austria
3 Jul 1883 // 3 Jun 1924
Escritor

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181 Citações

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Os contras de se viver com outras pessoas. Imposto pela distância, pela compaixão, piedade, prazer, cobardia, vaidade e só muito no fundo, talvez, uma ténue corrente digna da desginação de amor, impossível de procurar, brilhando uma vez num momento do momento.

Diário (05 Jul 1916)
A loucura em que tenho andado com raparigas apesar de todas as minhas dores de cabeça, insónias, cabelo grisalho, desespero. Vou contá-las: pelo menos seis desde o Verão. Não consigo resistir, se não cedo fico literalmente com a língua de fora, e admiro todas as que são admiráveis, e amo-as até acabar a admiração. Perante as seis a culpa que sinto é quase só interior, embora uma das seis se tivesse queixado de mim a uma pessoa.

Diário (02 Jun 1916)
Amargo, amargo, esta é a palavra mais importante. Como tenciono eu soldar fragmentos uns aos outros numa história que tudo arrasta consigo?

Diário (20 Abr 1916)
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Bandeiras Negras! Como eu também leio mal. E com que maldade e fraqueza eu me observo. Aparentemente não consigo forçar o meu caminho para entrar no mundo, mas talvez ficar sossegado, receber, expandir em mim o que recebi e então calmamente avançar.

Diário (20 Jan 1915)
Desespero total; impossível dominar-me; só quando eu me satisfizer completamente com o meu sofrimento é que posso parar.

Diário (25 Nov 1914)
Frio e vazio. Só sinto demasiado os limites das minhas capacidades, limites estreitos, sem dúvida, a não ser que eu esteja inspirado à plenitude. E creio que até quando preso pela imaginação, só sou levado dentro destes limites estreitos, que, no entanto, deixo de sentir porque estou a ser levado. Porém, dentro destes limites há muito espaço para viver, e por essa razão eu vou provavelmente explorá-los até ao desprezo.

Diário (30 Ago 1914)
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Mesmo que não se tenha a mais pequena sensibilidade às diferenças individuais, a pessoa contudo trata os outros com a sua maneira própria.

Diário (07 Ago 1914)
Não descubro em mim nada a não ser mesquinhez, indecisão, inveja e ódio contra os que estão a lutar e a quem eu apaixonadamente desejo todo o mal.

Diário (06 Ago 1914)
Procurei um conselho, não fui teimoso. Não foi teimosia quando ri silenciosamente com uma cara contorcida e faces brilhantes de febre para quem me tinha dado involuntariamente um conselho. Foi «suspense», uma prontidão da minha parte em ser instruído, uma falta doentia de teimosia.

Diário (30 Jul 1914)
Ter de suportar e de ser a causa de tanto sofrimento!

Diário (05 Jul 1914)
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