José Saramago

Portugal
16 Nov 1922 // 18 Jun 2010
Escritor [Nobel 1998]

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201 Citações

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Acho que Deus Nosso Senhor fez o mundo e fez também as contradições e depois, como não sabia onde as havia de meter, é que inventou o homem.

Expresso, 24 Nov 1084
A obra feita é sempre maior do que quem a fez. De facto, eu acho que somos menos do que aquilo que fazemos, e isso é outra forma de grandeza, ser capaz de ser menos do que aquilo que se faz.

Máxima, 1990
No meu ofício de escritor, penso não me ter afastado nunca da minha consciência de cidadão. Defendo que aonde vai um, deve ir o outro. Não recordo ter escrito uma só palavra que estivesse em contradição com as minhas convicções políticas, mas isso não significa que alguma vez tenha posto a literatura ao serviço da minha ideologia. O que significa, isso sim, é que no momento em que escrevo estou expressando a totalidade da pessoa que sou.

Cadernos de Lanzarote (1996)
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Só escrevo sobre aquilo que não sabia antes de o ter escrito. Deve ser por isso que os meus livros não se repetem. Vou-me repetindo eu neles, porque, ainda assim, do pouco que continuo a saber, o que melhor conheço é este que sou.

Cadernos de Lanzarote (1995)
Cada poeta entende a liberdade de maneira diferente, suponho eu. Tal como o homem vulgar, desses que não são poetas. Mas não creio que a liberdade do poeta (por muito alto que a ponham) seja mais dura de conquistar que a do homem comum. E ainda por cima este tem muito menos compensações.

Cadernos de Lanzarote (1995)
Numa Europa incapaz de questionar-se a si própria, a postura hoje mais comum é a de uma resignação que tocou o fundo. Escusado será dizer que nenhum estado de espírito poderia convir melhor a um projecto imperial alemão que deixou de dar-se ao trabalho de se disfarçar: ainda o jogo ia no princípio, e já o tínhamos perdido...

Cadernos de Lanzarote (1995)
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Compreender que a felicidade é apenas uma questão pessoal, que o mundo, esse, não será feliz nunca.

Cadernos de Lanzarote (1994)
O senso comum é o terreno donde me recuso a sair, simplesmente por ter a consciência claríssima das minhas próprias limitações.

Cadernos de Lanzarote (1994)
O meu comportamento é absurdo: não sei defender-me, entrego-me a cada entrevista como se tivesse a vida em jogo. Às vezes parece-me surpreender na cara dos jornalistas uma expressão de assombro. Imagino que estarão a pensar: «Por que tomará ele isto tão a peito?».

Cadernos de Lanzarote (1994)
Os homens, a Deus, perdoam-lhe tudo, e quanto menos o compreendem mais lhe perdoam.

Cadernos de Lanzarote (1994)
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