Miguel Esteves Cardoso

Portugal
n. 25 Jul 1955
Crítico/Escritor/Jornalista

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212 Citações

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O querer é bonito porque, concentrando-se na coisa ou na pessoa que se quer, elimina o resto do mundo. O resto do mundo é uma entidade muito grande que tem graça e tem valor eliminar.

Os Meus Problemas
A guerra política já não é entre a direita e a esquerda – é entre individualistas e colectivistas. Em entre quem pensa primeiro em si próprio e quem pensa primeiro nos outros.

Último Volume
Os portugueses são pouco dados a elogios - temem que afecte negativamente a qualidade e positivamente o preço.

Jornal Público, 23 Nov 2011
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Esperar não é necessariamente ficar à espera - é viver enquanto não acontece uma coisa que, afinal, queremos menos do que viver apenas. É bom.

Amores e Saudades de um Português Arreliado
Porque começa o tempo a acelerar quando finalmente começamos a dar-lhe valor e até a amá-lo? Quando se é novo, gosta-se do tempo para isto ou para aquilo. Quando se ganha juízo, aprecia-se o tempo só por si. O "para" deixa de interessar. Mais: é a ausência de um "para" premeditado que o torna valioso.

Amores e Saudades de um Português Arreliado
Viver é um favor que não se sabe quando acaba - nem como pagar - mas que se sabe, logo à partida, que vai acabar antes de nos apetecer. Todos os dias sinto que foi mais um dia que me foi dado e, ao mesmo tempo, mais um dia que me foi subtraído, que jamais hei-de recuperar.

Jornal Público (09 Abr 2014)
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Quando se usam palavrões sem ser com o sentido concreto que têm, é como se estivéssemos a desinfectá-los, a torná-los decentes, a recuperá-los para o convívio familiar.

Explicações de Português
O amor não é um fim nem um meio – é uma condição. É por isso que o verbo “amar†é o que mais se parece com “encontrarâ€.

Explicações de Português
Portugal é cada vez mais uma sociedade de desalmados e safados, em que os bem-sucedidos exibem o sucesso deles diante dos fracassados. Passamos com o Range Rover na poça de água, de propósito para molhar o pedinte. A expressão "Não tenho pena nenhuma†generalizou-se.

Explicações de Português
Na nossa vida profissional e social, em vez de comunicarmos frontalmente, damos «toques» uns aos outros. Nunca emperramos. Damos uns toques. Nunca desembuchamos. Damos uns lamirés. Circulamos, cheiramos, vemos como param as coisas. Chegamos a fazer uma coisa intraduzível: «inteiramo-nos». Em vez de falar, mandamos umas bocas. Em vez de nos atirarmos ao assunto, soltamos umas indirectas.

As Minhas Aventuras na República Portuguesa
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