Nem eu nem tu compreendemos o medo. Nunca consegui entender a razão por que, nos filmes e nos desenhos animados, está implÃcito o medo de fantasmas que apenas pairam e que, à s vezes, fazem buu. Compreendo o susto, não compreendo o medo.
O mundo dá a inocência por momentos. O mundo leva a inocência consigo, como um barco que se afasta cada vez mais do sÃtio de onde partiu. A inocência fica lá longe.
Existe aquele tempo parado. Aquela dor que não tem nome. Todos os dias entramos e saÃmos por portas, todos os dias respiramos, todos os dias erguemos a memória do mundo: manhãs de sol. Às vezes, duvidamos do tempo. Sabemos rir. Tentamos planos como crianças que dão os primeiros passos.