Eu Sou Deus
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A austeridade é uma mentira. E é essa que é verdade. A austeridade é para a posteridade – mas não é para a necessidade. O futuro sou eu. O futuro é agora: já.
As crianças de hoje não sabem o que é viver. As crianças de hoje são crianças de aviário - crianças que nunca saÃram do fraldário. As crianças de hoje não sabem o que é viver porque viver é correr riscos. E correr riscos não é subir mais um nÃvel no último jogo da Playstation ou da Wii.
As crianças de hoje estão escondidas de viver, apeadas de ser. As crianças de hoje são - mais do que os adultos de amanhã - as crianças de amanhã.
Pensar é uma mentira. Pensar inibe o viver. Pior: pensar apaga o viver – e faz do que vives aquilo que pensas sobre o viver; e não, como tem de ser, aquilo que vives antes de pensar.
Não há nada mais pérfido do que dinheiro fácil. Dinheiro fácil é difÃcil de engolir. O dinheiro é para ser difÃcil, é para custar a ganhar. É para obrigar a suar, a correr, a saltar – até a ganir se for preciso. O dinheiro é difÃcil para que tudo o resto – o que está para além do dinheiro (inclusivamente aquilo que o dinheiro é capaz de comprar) – seja mais fácil.
Para ganhar um emprego não há idade: há verdade. A verdade de quem mais peleja, de quem mais tenta, de quem mais trabalha como um cão para não ser comido pela comiseração.
Ter medo de errar é um erro. É sempre um erro. E é o único erro que não tem perdão. Sou maravilhado por quem erra. Por quem sabe que, por fazer, por tentar, pode errar. E são as melhores pessoas, convence-te disso, quem mais erra.
Só o erro gera a mudança, só o erro obriga à mudança. Só o erro te leva na direcção mais acertada. Qualquer livro de História te comprova que estou certo.
O erro que não temes cometer é o erro que não te impedirá de vencer. Errar é humano. Mas errar é, mais ainda, o mano. O mano que te agarra e te leva para onde, antes de errar, querias ir.
A genialidade verdadeira – fixa isto como se fosse (e é mesmo) a mais importante lição que algum dia recebeste – é viver bem. A genialidade é saber viver. Isso sim: é genial. E, se não sabes viver, por mais obras-primas que cries e mais invenções que descubras, não passas de um burro.
