Hã - Frases e Citações

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A complicada abundância da nossa civilização material, as nossas máquinas, os nossos telefones, a nossa luz eléctrica, tem-nos tornado intoleravelmente pedantes: estamos prontos a declarar desprezível uma raça, desde que ela não sabe fabricar pianos de Erard; e se há algures um povo que não possua como nós o talento de compor óperas cómicas consideramo-lo ipso facto votado para sempre à escravidão...

Cartas de Inglaterra
A civilização é um sentimento e não uma construção: há mais civilização num beco de Paris do que em toda a vasta New York.

Correspondência

Espanca , Florbela

Dor

Para as traições, para as mentiras, para o que é vil e falso, tem a gente remédio: tem o orgulho; mas para a dor que te faz mal, para essa nenhum remédio há.

Correspondência (1926)
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Espanca , Florbela

Dor

Não há dores eternas, e é da nossa miserável condição não poder deter nada que o tempo leva, que o tempo destrói: nem as dores mais nobres, nem as maiores.

Correspondência (1926)

Espanca , Florbela

Alma

O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesmo compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que se não sente bem onde está, que tem saudades... sei lá de quê!

Correspondência (1930)

Espanca , Florbela

Coração

Pena é não haver um manicómio para corações, que para cabeças há muitos.

Correspondência (1912)
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Espanca , Florbela

Livro

Dizes tu que os livros te não consolam!? Que te irritam!? Que blasfémia, minha Júlia! Pois há lá melhores amigos!? Os livros, mas livros destes em que a alma dos bons anda sangrando por todas as suas páginas; livros que eu beijo de joelhos, como se enternecidamente beijasse as mãos benditas dos que os escreveram! Lê os versos de António Nobre, o meu santo poeta da Saudade. Lê o «Fel» de José Douro, o malogrado poeta esquecido e desprezado. Lê «Doida de Amor» de Antero de Figueiredo, e depois diz-me se eles te irritam!...

Correspondência(1916)

Espanca , Florbela

Ambição

Tu julgas então que eu ambiciono alguma coisa no mundo? Ainda me conheces pouco! Eu fatigo-me até de desejar; nada há neste mundo que me não tenha cansado! Eu mais que ninguém compreendo o poeta: «Tout passe, tout lasse». E ainda tu julgas que eu me preocupo a desejar sucesso aos meus versos patetas!?... Se eu desejasse alguma coisa que deles me viesse, não trabalhava!

Correspondência (1916)

Espanca , Florbela

Loucura

Apesar de tudo, a loucura não é assim uma coisa tão feia como muita gente julga. Há tantas loucas felizes!

Correspondência (1916)
Sou feito de muitas raças e de várias condições sociais. Em todo o canto há um pouco de meu lar e em todos um pouco de mim.

Navegante
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