Me - Frases e Citações
669 Citações
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É inexplicável quanto me servem os livros para viver: são o melhor alimento que tenho encontrado nesta viagem da vida humana. Com bons livros, o enfermo não deve queixar-se, pois tem a cura ao alcance da mão.
Entre o sim e o não de uma mulher, eu não me aventuro a pregar um alfinete.
Não podereis encontrar mulher que me convenha, porque, sendo mulher, nenhuma me convém.
«Love me little, love me long». Há muita verdade neste lindo provérbio inglês. O que é violento é perecÃvel. O que é calmo é duradouro. Um amor brusco e irreflectido, e com natureza de chama participaria da essência dessa primeira ilusão de que eu falei há pouco, e estaria condenado, como toda a chama, a consumir-se a si mesmo. É necessário que as coisas cresçam devagar e lentamente — para que durem muito.
Correspondência
Tudo que não seja viver escondido numa casinhola, pobre ou rica, com uma pessoa que se ame, e no adorável conforto espiritual que dê esse amor - me parece agora vão, fictÃcio, inútil, oco e ligeiramente imbecil.
Correspondência
Eu tenho a paixão de ser «leccionado»: e basta darem-me a entender o bom caminho para eu me atirar a ele. Mas a crÃtica, ou o que em Portugal se chama a crÃtica, conserva sobre mim um silêncio desdenhoso.
Correspondência
O meu talento!... De que me tem servido? Não trouxe nunca às minhas mãos vazias a mais pequenina esmola do destino.
Correspondência (1930)
Perdoo facilmente as ofensas, mas por indiferença e desdém: nada que me vem dos outros me toca profundamente.
Correspondência (1930)
Estou cansada, cada vez mais incompreendida e insatisfeita comigo, com a vida e com os outros. Diz-me, porque não nasci igual aos outros, sem dúvidas, sem desejos de impossÃvel? E é isto que me traz sempre desvairada, incompatÃvel com a vida que toda a gente vive...
Correspondência (1930)
Viverei com certeza um terço do que poderia viver porque todas as pedras me ferem, todos os espinhos me laceram. Dom Quixote sem crenças nem ilusões, batalho continuamente por um ideal que não existe; e esta constante exaltação, desesperada e desiludida, destrambelha-me os nervos e mata-me.
Correspondência (1930)
