Morre menos gente de cancro ou de coração do que de não saber para que vive; e a velhice, no sentido de caducidade, de que tantos se vão, tem por origem exactamente isto: o cansaço de se não saber para que se está a viver.
Eu detestaria concluir que, sem Deus, a vida não teria sentido e, depois de dar um tiro nos miolos, ler no jornal no dia seguinte que Ele foi encontrado.
O orgulho tem as suas bizarrias, como as outras paixões: temos vergonha de admitir que sentimos ciúme, mas honramo-nos de o ter sentido e de ser capazes de o vir a ter.