Um tÃmido pudor activos fogos / Contrariava em vão, em vão retinha / Ignotos medos, sôfregos desejos. / Suspensa e curiosa, eu esperava / Gostosa cena, em que prolixas noites / Pensando o que seria, despendera.
Há pessoas que têm vergonha de viver: são os tÃmidos, entre os quais me incluo. Desculpem, por exemplo, estar tomando lugar no espaço. Desculpem eu ser eu. «Quero ficar só!» grita a alma do tÃmido que só se liberta na solidão. Contraditoriamente quer o quente aconchego das pessoas.
Era uma criatura simpática e terna – o tipo de pessoa a quem o tÃmido se dirige, em busca de protecção, ao entrar numa sala que lhe parece hostil. Não haveria muitas qualidades francamente superiores a essa.
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