Os meus males ninguém mos adivinha... A minha Dor não fala, anda sozinha... Dissesse ela o que sente! Ai quem me dera!... Os males de Anto toda a gente sabe! Os meus... ninguém... A minha Dor não cabe nos cem milhões de versos que eu fizera!...
Eu não gosto do sol, eu tenho medo que me leiam nos olhos o segredo de não amar ninguém, de ser assim! Gosto da Noite imensa, triste, preta, como esta estranha e doida borboleta que eu sinto sempre a voltejar em mim!...
São sempre os que eu recordo que me esquecem... Mas digo para mim: «não me merecem». E já não fico tão abandonada! Sinto que valho mais, mais pobrezinha: que também é orgulho ser sozinha, e também é nobreza não ter nada!
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