Miguel Torga

Portugal
12 Ago 1907 // 17 Jan 1995
Escritor/Poeta

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13 Citações

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A humanidade parece uma lebre encandeada pelo farol dum automóvel apocalíptico. De um lado, sombra; do outro lado, sombra; e no meio da estrada, inexorável, o mortal foco de luz. Nada que guie, esclareça, ilumine. Apenas um clarão paralisa-dor, que só dura até que as rodas esmaguem a razão deslumbrada.
Muito grande e muito belo é um homem quando se despe e se mostra todo! O que nos degrada, diminui e apouca, não é sermos pequenos; é não termos dos nossos defeitos a consciência inteira. Sermos somíticos e não nos apercebermos disso; sermos burros, e não darmos conta; gostarmos da «Viúva Alegre», e andarmos convencidos de que gostamos de Stravinski.
Até que ponto é o artista um anormal, não sei nem quero saber. A anormalidade nunca me meteu medo, se é criadora. Agora até que ponto o homem normal combate o artista e o quer destruir, já me interessa. A normalidade causou-me sempre um grande pavor, exactamente porque é destruidora.
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