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Luís Vaz de Camões

Portugal
1524 // 10 Jun 1580
Poeta

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10 Citações



E se uma pouca vida, estando ausente, / Me deixa Amor, é por que o pensamento / Sinta a perda do bem que está presente.

Paz

Ditoso seja aquele que alcançou / Poder viver na doce companhia / Das mansas ovelhinhas que criou!
Lancei contentamentos a voar; / Tarde os espero ver, que é seu costume / Ter asas ao fugir, freio ao tornar.
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Ainda que minha alma em vós se enleva, / Em todo o tempo não deixa de arder, / Quando o monte arde em calma, ou quando neva.
Lembre-vos um amor que, cada dia, / Em mim tão verdadeiro e firme crece / Que alheio me traz já do que soía.
Atentai por uma alma que se esquece / De si, porque em vós pôs sua lembrança, / E tal que em nenhum tempo desfalece.
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Nunca nesta alma minha, aonde estais, / Falteis, porque então falta a esperança, / Sem quem me falta a vida muito mais.
Ó graves e insofríveis acidentes / Da Fortuna e do Amor! que penitência / Tão grave dais aos peitos inocentes!
Vi já que a Primavera, de contente, / De mil cores alegres, revestia / O monte, o rio, o campo, alegremente.
Vi já das altas aves a harmonia, / Que até aos montes duros convidava / A um modo suave de alegria.
 
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