François, Duque de La Rochefoucauld
França
15 Set 1613 // 17 Mar 1680
Escritor, Moralista
15 Set 1613 // 17 Mar 1680
Escritor, Moralista
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Ninguém merece ser louvado pela sua bondade, se não tiver a coragem de ser mau: qualquer outra forma de bondade não é mais que preguiça ou de ausência de vontade.
Perdoamos com facilidade àqueles que nos aborrecem, mas não conseguimos perdoar àqueles a quem aborrecemos.
Gostamos sempre de quem nos admira, mas nem sempre gostamos daqueles que admiramos.
O encanto da novidade e os velhos hábitos, por mais que uma coisa se oponha à outra, impede-nos igualmente de ver os defeitos dos nossos amigos.
As amizades renovadas exigem mais cuidados do que aquelas que nunca foram interrompidas.
Na adversidade dos nossos melhores amigos, há algo que não nos desagrada.
Consolamo-nos facilmente das desgraças dos nossos amigos quando estas servem para manifestarmos a nossa ternura por eles.
É mais vergonhoso desconfiar-se dos amigos do que ser por eles enganado.
Passamos muitas vezes do amor à ambição, mas nunca regressamos da ambição ao amor.
No amor, quem se cura primeiro é quem fica mais bem curado.
