Florbela Espanca

Portugal
8 Dez 1894 // 8 Dez 1930
Poetisa

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A Maior Tortura

Na vida, para mim, não há deleite.
Ando a chorar convulsa noite e dia ...
E não tenho uma sombra fugidia
Onde poise a cabeça, onde me deite!

E nem flor de lilás tenho que enfeite
A minha atroz, imensa nostalgia! ...
A minha pobre Mãe tão branca e fria
Deu-me a beber a Mágoa no seu leite!

Poeta, eu sou um cardo desprezado,
A urze que se pisa sob os pés.
Sou, como tu, um riso desgraçado!

Mas a minha tortura inda é maior:
Não ser poeta assim como tu és
Para gritar num verso a minha Dor! ...

Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"
(Dedicado a um grande poeta)

// Consultar versos e eventuais rimas




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