E o Amor...
E o amor é então todo o longÃnquo
ardor? O à espera eterno e a solidão
que nele nasce e dele vai até
mais não ser que o relembrar anterior?
Ah, mas se o amor fosse tudo em si...
A lágrima e o riso, o verbo e a carne,
se o amor sonhasse na claridade
e sem ela não fosse um maior sonho...
Aà vem a névoa, aà vem o sopro
da vida a levantar o dolorido
princÃpio sem fim do talvez, do quase...
E o amor é então todo o longÃnquo
ardor, o eterno à espera e a solidão
que nele nasce e morre, nasce e morre.
António Salvado, in "Recôndito"
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