Jorge de Sena
A Minha Mãe
Vermelho foi o teu cabelo, Mãe!
— sinal de já ser minha a liberdade.
E quanto embranqueceu! Mas haja alguém
que chame desistência ao que é Vontade,
ao que é brandir ao vento a felicidade
e defendê-la... que nem cor já tem.
Vermelho foi o teu cabelo, Mãe!
Não temas quanto venha: a luz que há-de
iluminar este combate justo,
se a mim me aniquilar, a todo o custo,
é que eu lhe dei qualquer verdade a mais.
Olha, ó minha Mãe! tanta bandeira!
Tanta justiça a mais! — E a vida inteira
só as aceita se ainda forem mais.
Jorge de Sena, in 'Antologia Poética'
— sinal de já ser minha a liberdade.
E quanto embranqueceu! Mas haja alguém
que chame desistência ao que é Vontade,
ao que é brandir ao vento a felicidade
e defendê-la... que nem cor já tem.
Vermelho foi o teu cabelo, Mãe!
Não temas quanto venha: a luz que há-de
iluminar este combate justo,
se a mim me aniquilar, a todo o custo,
é que eu lhe dei qualquer verdade a mais.
Olha, ó minha Mãe! tanta bandeira!
Tanta justiça a mais! — E a vida inteira
só as aceita se ainda forem mais.
Jorge de Sena, in 'Antologia Poética'
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Outros Poemas de Jorge de Sena:
1. Nasceu-te um Filho
2. Amo-te Muito, Meu Amor, e Tanto
3. Como Queiras, Amor...
4. Cantar do Amigo Perfeito
5. Deixai que a Vida sobre Vós Repouse
6. Que Encanto é o Teu?
7. Da Vida... não Fales Nela
8. Desencontro
9. Independência
10. Ode para o Futuro
11. Ode à Mentira
12. Ascensão
13. Ser
14. Exactidão
15. Ode ao Destino
16. Eternidade
17. Um EpÃlogo
18. Ter-te de Todas as Maneiras
19. Ode ao Amor
20. Baptismo
... Ver todos os 23 poemas
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