António Nobre

Portugal
16 Ago 1867 // 18 Mar 1900
Poeta

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41 Poemas

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Ó Virgens! (11)

Ó virgens que passaes, ao sol-poente,/ Pelas estradas ermas, a cantar!/ Eu quero ouvir uma canção ardente/ Que me transporte ao meu perdido lar.../ / Cantae-me, n'essa voz omnipotente,/ O sol que ...

Epilogo (12)

Meu coração, não batas, pára!/ Meu coração, vae-te deitar!/ A nossa dor, bem sei, é amara,/ A nossa dor, bem sei, é amara.../ Meu coração, vamos sonhar.../ Ao mundo vim, mas enganado./ Sint...

Purinha (13)

O Espirito, a Nuvem, a Sombra, a Chymera,/ Que (aonde ainda não sei) neste mundo me espera/ Aquella que, um dia, mais leve que a bruma,/ Toda cheia de véus, como uma Espuma,/ O Sr. Padre me dará p...
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Quando Chegar a Hora (14)

Quando eu, feliz! morrer, oiça, Sr. Abbade,/ Oiça isto que lhe peço:/ Mande-me abrir, alli, uma cova á vontade,/ Olhe: eu mesmo lh'a meço.../ / O coveiro é podão, fal-as sempre tão ba...

Menino e Moço (15)

Tombou da haste a flor da minha infancia alada,/ Murchou na jarra de oiro o pudico jasmim:/ Voou aos altos céus Sta Aguia, linda fada,/ Que d'antes estendia as azas sobre mim./ / Julguei que fosse e...

O Meu Cachimbo (16)

Ó meu cachimbo! Amo-te immenso!/ Tu, meu thuribudo sagrado!/ Com que, bom Abbade, incenso/ A Abbadia do meu passado./ / Fumo? E occorre-me á lembrança/ Todo esse tempo que lá vae,/ Quando fumava,...
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Carta a Manoel (17)

Manoel, tens razão. Venho tarde. Desculpa./ Mas não foi Anto, não fui eu quem teve a culpa,/ Foi Coimbra. Foi esta paysagem triste, triste,/ A cuja influencia a minha alma não reziste,/ Queres no...

Á Toa (18)

O Primeiro Homem/ / Que lindo mundo! E eu só! Que tortura tamanha!/ Ninguem! Meu pae é o céu. Minha mãe é a montanha./ / A Montanha/ / Os meus cabellos são os pinheiraes sombrios/ E veias do me...

A França! (19)

Vou sobre o Oceano (o luar de lindo enleva!)/ Por este mar de Gloria, em plena paz./ Terras da Patria somem-se na treva,/ Agoas de Portugal ficam, atraz.../ / Onde vou eu? Meu fado onde me leva?/ Ant...

Os Figos Pretos (20)

- Verdes figueiras soluçantes nos caminhos!/ Vós sois odiadas desde os seculos avós:/ Em vossos galhos nunca as aves fazem ninhos,/ Os noivos fogem de se amar ao pé de vós!/ / - Ó verdes fi...
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