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Cesário Verde

Portugal
25 Fev 1855 // 19 Jul 1886
Poeta

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26 Poemas

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Humilhações (21)

Esta aborrece quem é pobre. Eu, quase Jó,/ Aceito os seus desdéns, seus ódios idolatro-os;/ E espero-a nos salões dos principais teatros,/ Todas as noites, ignorado e só./ / Lá cansa-me o ranger da s...

Meridional (22)

Cabelos/ / Ó vagas de cabelo esparsas longamente,/ Que sois o vasto espelho onde eu me vou mirar,/ E tendes o cristal dum lago refulgente/ E a rude escuridão dum largo e negro mar;/ / Cabelos torrenc...

Setentrional (23)

Talvez já te não lembres, triste Helena,/ Dos passeios que dávamos sozinhos,/ À tardinha, naquela terra amena,/ No tempo da colheita dos bons vinhos./ / Talvez já te não lembres, pesarosa,/ Da casinh...
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Responso (24)

I/ Num castelo deserto e solitário,/ Toda de preto, às horas silenciosas,/ Envolve-se nas pregas dum sudário/ E chora como as grandes criminosas./ / Pudesse eu ser o lenço de Bruxelas/ Em que ela esc...

Frígida (25)

I/ Balzac é meu rival, minha senhora inglesa!/ Eu quero-a porque odeio as carnações redondas!/ Mas ele eternizou-lhe a singular beleza/ E eu turbo-me ao deter seus olhos cor das ondas./ / II/ Admiro-...

Noites Gélidas (26)

Merina/ / Rosto comprido, airosa, angelical, macia,/ Por vezes, a alemã que eu sigo e que me agrada,/ Mais alva que o luar de inverno que me esfria,/ Nas ruas a que o gás dá noites de balada;/ Sob os...
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