Fernando Pessoa

Portugal
13 Jun 1888 // 30 Nov 1935
Poeta

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90 Poemas

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As Minhas Ansiedades (21)

As minhas ansiedades caem/ Por uma escada abaixo./ Os meus desejos balouçam-se/ Em meio de um jardim vertical./ / Na Múmia a posição é absolutamente exata./ / Música longínqua,/ Música excess...

Como a Noite é Longa! (22)

Como a noite é longa!/ Toda a noite é assim.../ Senta-te, ama, perto/ Do leito onde esperto./ Vem p’r’ao pé de mim.../ / Amei tanta coisa.../ Hoje nada existe./ Aqui ao pé da cama/ Canta-me, ...

Natal na Província (23)

Natal... Na província neva. / Nos lares aconchegados, / Um sentimento conserva / Os sentimentos passados. / / Coração oposto ao mundo, / Como a família é verdade! / Meu pensamento é profundo, /...
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Cerca de Grandes Muros Quem te Sonhas (24)

Cerca de grandes muros quem te sonhas./ Depois, onde é visível o jardim/ Através do portão de grade dada,/ Põe quantas flores são as mais risonhas,/ Para que te conheçam só assim./ Onde ningu...

Vaga, no Azul Amplo Solta (25)

Vaga, no azul amplo solta,/ Vai uma nuvem errando./ O meu passado não volta./ Não é o que estou chorando./ / O que choro é diferente./ Entra mais na alma da alma./ Mas como, no céu sem gente,/ A...

Conta a Lenda que Dormia (26)

Conta a lenda que dormia/ Uma Princesa encantada/ A quem só despertaria/ Um Infante, que viria/ De além do muro da estrada./ / Ele tinha que, tentado,/ Vencer o mal e o bem,/ Antes que, já liberta...
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É Brando o Dia, Brando o Vento (27)

É brando o dia, brando o vento/ É brando o sol e brando o céu./ Assim fosse meu pensamento!/ Assim fosse eu, assim fosse eu!/ / Mas entre mim e as brandas glórias/ Deste céu limpo e este ar sem ...

Ela Canta, Pobre Ceifeira (28)

Ela canta, pobre ceifeira,/ Julgando-se feliz talvez;/ Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia/ De alegre e anônima viuvez,/ / Ondula como um canto de ave/ No ar limpo como um limiar,/ E há curvas no en...

Foi um Momento (29)

Foi um momento/ O em que pousaste/ Sobre o meu braço,/ Num movimento/ Mais de cansaço/ Que pensamento,/ A tua mão/ E a retiraste./ Senti ou não ?/ / Não sei. Mas lembro/ E sinto ainda/ Qualquer ...

Autopsicografia (30)

O poeta é um fingidor./ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente./ / E os que lêem o que escreve,/ Na dor lida sentem bem,/ Não as duas que ele teve,/ Mas s...
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