Florbela Espanca

Portugal
8 Dez 1894 // 8 Dez 1930
Poetisa

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Cinzento

Poeiras de crepúsculos cinzentos,
Lindas rendas velhinhas, em pedaços,
Prendem-se aos meus cabelos, aos meus braços
Como brancos fantasmas, sonolentos...

Monges soturnos deslizando lentos,
Devagarinho, em mist'riosos passos...
Perde-se a luz em lânguidos cansaços...
Ergue-se a minha cruz dos desalentos!

Poeiras de crepúsculos tristonhos,
Lembram-me o fumo leve dos meus sonhos,
A névoa das saudades que deixaste!

Hora em que o teu olhar me deslumbrou...
Hora em que a tua boca me beijou...
Hora em que fumo e névoa te tornaste...

Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"
// Consultar versos e eventuais rimas




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