Antero de Quental

Portugal
18 Abr 1842 // 11 Set 1891
Poeta/Filósofo/Político

Publicidade

Jura

Pelas rugas da fronte que medita...
Pelo olhar que interroga — e não vê nada...
Pela miséria e pela mão gelada
Que apaga a estrela que nossa alma fita...

Pelo estertor da chama que crepita
No ultimo arranco d'uma luz minguada...
Pelo grito feroz da abandonada
Que um momento de amante fez maldita...

Por quanto há de fatal, que quanto há misto
De sombra e de pavor sob uma lousa...
Oh pomba meiga, pomba de esperança!

Eu t'o juro, menina, tenho visto
Cousas terriveis — mas jamais vi cousa
Mais feroz do que um riso de criança!

Antero de Quental, in "Sonetos"
// Consultar versos e eventuais rimas




Publicidade

Publicidade

Publicidade

Inspirações

Dia Festivo

Publicidade

© Copyright 2003-2025 Citador - Todos os direitos reservados | SOBRE O SITE