António Gomes Leal

Portugal
6 Jun 1848 // 29 Jan 1921
Poeta/Crítico Literário

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O Doente Romantico

Eu sei que morrerei, discreta amante,
Antes do inverno vir; mas, lentamente,
Quero morrer á tua luz radiante,
Como os tisicos á luz do sol poente!

Sou romantico assim! O tempo ardente
Das chimeras vae longe! Vão, constante,
Morrerei crendo em ti... e o azul distante
Olhando como um sabio ou um doente!...

- Mas, eu não preso a tarde ensanguentada...
Nem o rumor do Sol! - quero a calada
Noute brumosa junto do Oceano...

E assim, sem ai nem dôr, entre a neblina,
Morrer-me, como morre a balsamina,
- E ouvindo, em sonho, os ais do teu piano.

António Gomes Leal, in 'Claridades do Sul'
// Consultar versos e eventuais rimas




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