Publicidade

Florbela Espanca

Portugal
8 Dez 1894 // 8 Dez 1930
Poetisa

Publicidade

Os Meus Versos

Rasga esses versos que eu te fiz, amor!
Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento,
Que a cinza os cubra, que os arraste o vento,
Que a tempestade os leve aonde for!

Rasga-os na mente, se os souberes de cor,
Que volte ao nada o nada de um momento!
Julguei-me grande pelo sentimento,
E pelo orgulho ainda sou maior!...

Tanto verso já disse o que eu sonhei!
Tantos penaram já o que eu penei!
Asas que passam, todo o mundo as sente...

Rasgas os meus versos... Pobre endoidecida!
Como se um grande amor cá nesta vida
Não fosse o mesmo amor de toda a gente!...

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
// Consultar versos e eventuais rimas




Publicidade

Publicidade

Publicidade

Facebook
Publicidade

Publicidade

© Copyright 2003-2021 Citador - Todos os direitos reservados | SOBRE O SITE