Florbela Espanca

Portugal
8 Dez 1894 // 8 Dez 1930
Poetisa

Publicidade

Sombra

De olheiras roxas, roxas, quase pretas,
De olhos límpidos, doces, languescentes,
Lagos em calma, pálidos, dormentes
Onde se debruçassem violetas...

De mãos esguias, finas hastes quietas,
Que o vento não baloiça em noites quentes...
Nocturno de Chopin... risos dolentes...
Versos tristes em sonhos de Poetas...

Beijo doce de aromas perturbantes...
Rosal bendito que dá rosas... Dantes
Esta era Eu e Eu era a Idolatrada!...

Ah, cinzas mortas! Ah, luz que se apaga!
Vou sendo, em ti, agora, a sombra vaga
D’alguém que dobra a curva duma estrada...

Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"
// Consultar versos e eventuais rimas




Publicidade

Publicidade

Publicidade

Inspirações

Amar Produndamente

Publicidade

© Copyright 2003-2025 Citador - Todos os direitos reservados | SOBRE O SITE