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87 Poemas

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Violada (41)

Possuíram-te nas ervas,/ Deitada ao comprido/ Ou lívida a pé:/ Do estupro conservas/ O sangue e o gemido/ Na morte da fé./ / Chegaste a cavalo/ Trémula de espanto:/ Esperavas levá-lo/ Com modos...

Porque Descrês, Mulher, do Amor, da Vida? (42)

Porque descrês, mulher, do amor, da vida?/ Porque esse Hermon transformas em Calvario?/ Porque deixas que, aos poucos, do sudario/ Te aperte o seio a dobra humedecida?/ / Que visão te fugio, que as...

Aparição (43)

A mulher que por mim passou na rua, há pouco,/ foi uma coisa diáfana, gentil,/ cedo, a pairar/ na sombra dum jardim/ com flores, em baixo, ajoelhadas,/ ao senti-la na altura,/ e mandando-lhe o arom...
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As Ventoinhas (44)

A mulher é um catavento,/ Vai ao vento,/ Vai ao vento que soprar;/ Como vai também ao vento/ Turbulento,/ Turbulento e incerto o mar./ / Sopra o sul: a ventoinha/ Volt...

A Piedosa Beppa (45)

Enquanto o meu corpo for belo/ É pecado ser piedosa,/ É sabido que Deus gosta das mulheres,/ E das bonitas sobretudo./ Ele perdoará, tenho a certeza,/ Facilmente ao pobre fradezinho/ Que tanto pro...
A Gaia Ciência

Dormindo (46)

De qual de vós desceu para o exílio do mundo/ A alma desta mulher, astros do céu profundo?/ Dorme talvez agora... Alvíssimas, serenas,/ Cruzam-se numa prece as suas mãos pequenas./ Para a respir...
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Miseria Occulta (47)

Bate nos vidros a aurora,/ Vem depois a noute escura;/ E o pobre astro que ali móra,/ Não abandona a costura!/ / Para uns a vida é d'abrolhos!/ Para outros mouta de lyrios!/ Bem o revelam seus olh...

Lúbrica (48)

Quando a vejo, de tarde, na alameda,/ Arrastando com ar de antiga fada,/ Pela rama da murta despontada,/ A saia transparente de alva seda,/ E medito no gozo que promete/ A sua boca fresca, pequenina,...

Voto (49)

Ah! primeiras amantes! oaristos!, dourados/ Cabelos, o azul dos olhos, carne em flor/ De corpos juvenis, e entre o seu odor/ As carícias a medo e com espontaneidade!/ / Ficaram já distantes essas a...

Meridional (50)

Cabelos/ / Ó vagas de cabelo esparsas longamente,/ Que sois o vasto espelho onde eu me vou mirar,/ E tendes o cristal dum lago refulgente/ E a rude escuridão dum largo e negro mar;/ / Cabelos torre...
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