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60 Poemas

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Pelicano (41)

Onda que vais morrendo em nova onda,/ mar que vais morrendo noutro mar,/ assim a minha vida se desprenda e do meu sumo/ escorra a vida para as bocas que se finam/ de desejar./ / Ó dia que vais escoa...

As Profecias (42)

(fragmentos)/ / I/ / depois de tudo/ minha casa permanecerá nos fundos/ / minguantes novos/ cidades mortas/ ruas desconhecidas/ / barcos de vento/ perdidos sons/ / foi lá que brinquei de longe/ e p...

Acendimento (43)

Seria bom sentir no quarto qualquer música/ enquanto nos banham os perfis ateados/ pelo aroma da tília, sem voz, em abandono./ A entrada por detrás das ruas principais/ onde a morrinha parece que ...
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Passamos e Agitamo-nos Debalde (44)

Antes de nós nos mesmos arvoredos/ Passou o vento, quando havia vento,/ E as folhas não falavam/ De outro modo do que hoje./ / Passamos e agitamo-nos debalde./ Não fazemos mais ruído no que exist...

Viver! (45)

Viver!... E o que é a Vida?.../ – Atento, escuto/ A primitiva e alta profecia…/ E a escutá-la, a sonhar, vou resoluto,/ Por caminhos de Amor, com alegria!/ E vivo! E na minh’alma, ...

Assim Esqueço (46)

Assim esqueço/ e me renego./ Assim me abro/ me aperto/ e renasço ou desespero./ / Assim me ergo/ no cume deste lume/ que não enxergo./ / Assim me entrego/ me prendo/ reaprendo o que sonego./ / Ass...
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Carrego as Estações Comigo (47)

Carrego as estações comigo/ e tenho as mãos cansadas./ No bolso esquerdo um riacho murmura./ Ali, onde pequenas pedras se acumulam,/ uma canção exala seu vapor,/ depois se perde./ / Jardins de P...

Definição (48)

Não ser feliz,/ não ser desesperado./ Lutar no campo da clareza,/ saber que é inútil./ Amar com toda força a cada vez,/ em nome do Amor que não houve./ Ser honesto com os outros;/ esperar que D...

Metanáutica (49)

Deixa-te ser viável como um bosque/ ou jardim ou pomar por onde possa/ ir passando a pessoa pela sombra/ ou pela flor ou pelo fruto ou pela/ singular vocação ambulatória:/ deixa-te ser viável co...

Poema da Voz que Escuta (50)

Chamam-me lá em baixo./ São as coisas que não puderam decorar-me:/ As que ficaram a mirar-me longamente/ E não acreditaram;/ As que sem coração, no relâmpago do grito,/ Não puderam colher-me....
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