Antero de Quental

Portugal
18 Abr 1842 // 11 Set 1891
Poeta/Filósofo/Político

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Visita

Adornou o meu quarto a flor do cardo,
Perfumei-o de almiscar recendente;
Vesti-me com a purpura fulgente,
Ensaiando meus cantos, como um bardo;

Ungi as mãos e a face com o nardo
Crescido nos jardins do Oriente,
A receber com pompa, dignamente,
Mysteriosa visita a quem aguardo.

Mas que filha de reis, que anjo ou que fada
Era essa que assim a mim descia,
Do meu casebre á humida pousada?...

Nem princezas, nem fadas. Era, flor,
Era a tua lembrança que batia
Ãs portas de ouro e luz do meu amor!

Antero de Quental, in 'Sonetos'
// Consultar versos e eventuais rimas




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