Vergílio Ferreira
Portugal
28 Jan 1916 // 1 Mar 1996
Escritor
28 Jan 1916 // 1 Mar 1996
Escritor
127 Textos
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Quanto Mais se Ama Mais Fraco se É (11)
Nas relações amorosas o único sentimento que não funciona é o da piedade. Quando é o caso de que se devesse manifestar, o que surge não é a piedade mas o asco ou a irritação. Eis porque em relação al...
Conta-Corrente III
Conta-Corrente III
Nunca Ninguém Amou Completamente (12)
Vou deitar-te na eternidade, que é esse o teu lugar, é esse, é esse. E agora só tenho que te amar tudo de ti, não deixar nada de fora. Porque, sabê-lo-ás? Nunca ninguém amou completamente, houve semp...
Em Nome da Terra
Em Nome da Terra
No Fundo Somos Bons Mas Abusam de Nós (13)
O comum das gentes (de Portugal) que eu não chamo povo porque o nome foi estragado, o seu fundo comum é bom. Mas é exactamente porque é bom, que abusam dele. Os próprios vícios vêm da sua ingenuidade...
Conta-Corrente II
Conta-Corrente II
Não Confundir Amizade (ou Amor) com Interesse (14)
Não confundir amizade (ou amor) com «interesse». É uma máxima canónica. Pois. Mas que amizade (ou amor) não assenta no interesse dela? Porque é o interesse que cria condições não apenas para o intere...
Conta-Corrente I
Conta-Corrente I
O Mundo Real não Existe para o Homem Prático (15)
Há duas maneiras de olhar as coisas, como há duas maneiras de as não olhar. Ou se olham pondo-nos de fora delas ou pondo-nos dentro delas. Só no segundo caso as vemos bem, porque só então nos vemos m...
Conta-Corrente II
Conta-Corrente II
Breve Explicação do Sentido da Vida (16)
Como exprimir em duas linhas o que venho tentando explicar já não sei em quantos livros? A vida é um valor desconcertante pelo contraste entre o prodígio que é e a sua nula significação. Toda a «filo...
Um Escritor Apresenta-se
Um Escritor Apresenta-se
O Valor do Homem para a Mulher (17)
Se se diz a uma mulher que certo homem é inteligente, ela escreve mentalmente um zero. Se se diz que é culto, ela escreve outro zero. Se acrescentarmos que é belo, amável, com boa reputação social e ...
Conta-Corrente II
Conta-Corrente II
Pensar Portugal (18)
Pensar Portugal é pensá-lo no que ele é e não iludirmo-nos sobre o que ele é. Ora o que ele é é a inconsciência, um infantilismo orgânico, o repentismo, o desequilíbrio emotivo que vai da abjecção e ...
Conta-Corrente II
Conta-Corrente II
A Verdade é um Modo de Estarmos a Bem Connosco (19)
Cada época, como cada idade da vida, tem o seu secreto e indizível e injustificável sentido de equilíbrio. Por ele sabemos o que está certo e errado, sensato e ridículo. E isto não é só visível no qu...
Conta-Corrente II
Conta-Corrente II
O que se Sente não se Consegue Dizer (20)
O que habitualmente se sofre (se sente) não se pode contar. Não é só porque isso é normalmente ridículo (porque a grande maior parte do que se pensa e sente é ridículo) e só o que é grande é que cai ...
Conta-Corrente I
Conta-Corrente I
